Elemento fundamental para qualquer e-commerce, a plataforma das lojas virtuais nem sempre recebe a atenção devida pelos varejistas da internet. Uma grande parcela dos empreendedores, especialmente aqueles mais inexperientes, acaba incorrendo no erro de contratar uma agência para desenvolver sua plataforma de e-commerce e, depois de algum tempo, esquecem de implementar melhorias, buscar atualizações e corrigir erros em suas lojas virtuais. É a velha máxima de “se está vendendo, não é preciso mexer”. Entretanto, os analistas afirmam que é preciso sim mexer, e de maneira recorrente.

 
Dois alicerces do comércio online, estabilidade e interface, são colocados por Svante Westerbert, sócio-fundador da maxiPago, como pontos-chave a serem monitorados em qualquer sistema de loja virtual. “Além de uma plataforma que não caia e que tem disponibilidade de segurar qualquer pique de volume, o lojista também deve olhar soluções que facilitem um fluxo mais ‘user friendly’ possível”, detalha Svante.
 
Para Ivan Correa, Diretor de Relacionamento da EZ Commerce, a área de checkout da plataforma deve estar sempre no centro das atenções. O executivo ainda destaca que essa seção demanda aprimoramentos constantes. “Uma das áreas mais importantes para o sucesso de vendas da loja é o checkout. Ele deve ser intuitivo, sem complicações e sem pontos de fuga. A usabilidade da loja deve estar em constante monitoramento, detectando possíveis problemas de navegação e tomando ações corretivas e consequentemente melhorando a conversão”, explica Ivan. Svante compactua com a opinião anterior: “sem dúvida, o momento de o consumidor final clicar em ‘comprar’ é o mais crítico do ciclo de venda da loja virtual. Ou seja, investiu muito para ter o consumidor final naquele lugar. Se ocorrer qualquer problema técnico e/ou um fluxo não optimizado com o pagamento – este investimento está perdido – o consumidor vai para outro site em um segundo”, destaca.
 
Como uma alternativa para melhorar essa seção, e que também requer monitoramento constante, Vinicius Pessin, CEO da e-smart, cita a implementação de gateways de pagamento na plataforma da loja. “O gateway de pagamento facilita a transferência de informações entre a loja virtual e a operadora de cartão de crédito. Além disso, o lojista precisa integrar soluções de antifraude e análise de crédito. Muitas plataformas de gateway, já possuem esses serviços agregados às suas soluções de pagamento” conclui Vinicius.
 
Em um cenário marcado por evoluções e tecnologias efêmeras, é natural que a defasagem dos sistemas online também deva ser monitorada com especial atenção. De acordo com Rogério Pellegrino, Diretor de Tecnologia da Informação da Bring, todo sistema precisará de mudanças em algum momento. “Na maioria dos casos, com o passar do tempo, a ferramenta inicialmente escolhida deixa de nos atender”, destaca Rogério.
 
O executivo explica que, embora ações de marketing sejam importantes para trazer o cliente até o website da loja virtual, se a ferramenta não tiver melhorias constantes que garantam boas funcionalidades, como navegação fácil e precisa, rapidez, segurança, entre outros, o visitante não irá efetuar a compra naquela loja. “Muitos se questionam sobre o grau de importância entre a estratégia de marketing ou a plataforma empregada. Na minha opinião a importância é de 50% para cada uma pois ambas estão absolutamente interligadas.  Ou seja, o investimento entre os dois deve ser balanceado pois estão interconectados. Se investir em marketing mas não na ferramenta a taxa de conversão será baixa e ao contrário, não terá visitantes”, conclui Rogério.

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